Recentemente, um apagão de grandes proporções atingiu diversos países da Europa — incluindo Portugal, Espanha, França e parte da Alemanha — causando pânico e instabilidade. Lojas, restaurantes, aeroportos, hospitais e até o abastecimento de água foram afetados. Um cenário que parecia distópico, mas que se tornou realidade por pelo menos 9 horas. O mais alarmante? Tudo indica que a causa foi um ataque cibernético.
O que aprendemos com esse episódio?
Ficou claro que não estamos preparados. O colapso da tecnologia — que controla praticamente todos os aspectos da nossa vida cotidiana — expôs nossa vulnerabilidade. Dependemos de energia para tudo: desde o funcionamento de um hospital até a simples compra de um pão.
Sem energia, os cartões não funcionam. As portas automáticas não abrem. Os elevadores param. Os semáforos apagam. As comunicações caem. E o medo se instala. A ausência do básico não apenas desestrutura a logística de uma cidade — ela atinge a alma.
Sobrevivência: um novo kit de emergência
Diante disso, é preciso repensar o conceito de “emergência”. Não se trata apenas de primeiros socorros ou lanternas, mas de um preparo integral para um novo tipo de guerra — a cibernética. O que deveria constar nesse novo kit?
• Dinheiro em espécie (imprescindível).
• Rádio de pilha (ainda existe!).
• Lanternas e fósforos.
• Veículo abastecido.
• Estoque mínimo de água e alimentos.
• Empatia. Sim, empatia.
O maior aprendizado: o amor ao próximo
Talvez a lição mais valiosa desse dia escuro tenha sido a luz que brotou de alguns corações. No supermercado, com prateleiras vazias, houve quem dividisse a pouca água ou o último pacote de torradas. Também houve quem se fechasse no egoísmo.
Nesses momentos, o verdadeiro valor do ser humano se revela. O gesto de repartir, de olhar para o outro com compaixão, de enxergar que, sem amor, nada faz sentido — nos aproxima da essência de Cristo.
Como diz a Escritura: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.” (1 Coríntios 13:1)
E agora?
Agora é o momento de refletir. Como nos preparamos para a próxima vez — que pode durar mais de 9 horas? Estamos prontos para uma guerra onde as armas são invisíveis, mas os impactos são profundos e reais?
Que essa experiência nos desperte para o essencial: o preparo físico, sim — mas principalmente o preparo da alma.
Tania Castelliano