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E a palavra do ano é?

“Trata-se de uma expressão em inglês que se tornou popular na internet para descrever um estado mental associado ao consumo excessivo de conteúdo digital de baixa qualidade ou irrelevante.”

24/01/2025 às 17h18
Por: Nailson Júnior Fonte: Edson de França
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 E a palavra do ano é?

Que rufem os tambores! A expressão do ano de 2024 foi: “brain rot”! E daí(?),  há de perguntar aquele leitor mais desatento a essas indicações e eleições que, mais parecendo “aperitivos midiáticos”, portanto digestíveis, soam similares ao Oscar e ao Miss Universo. Convenhamos, aquele tipo de evento glamouroso que não serve para avançar um segundo nos ponteiros da existência e, sobretudo, da sobrevivência dos pacatos cidadãos. 

Diria a eles que os eventos sazonais, tipo os citados nas últimas linhas, fazem parte indissociável de nossa famigerada sanha de classificar e louvar as “excelências” humanas, sejam físicas ou da ação criativa  Nesse quesito se igualando, guardadas as devidas proporções, a eventos como as Copas do Mundo, as Olimpíadas e outros tantos. 

No caso em específico da palavra/expressão em questão, sua eleição tende a identificar um “status” momentâneo da raça humana. Flagrar uma tendência. A intenção é nomear um dado cultural do momento, por meio da fotografia de um “comportamento coletivo”, uma mancha que seja na marcha civilizatória. Enfim, um dado que nos afeta, individual e coletivamente, com potencial de representar avanço ou retrocesso civilizacional. 

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Antes de mais delongas, “brain rot”, a expressão eleita “como a palavra do ano pelo Dicionário Oxford tende a refletir a era digital, ou melhor, o impacto dela nos comportamentos”. Trata-se de uma expressão em inglês que se tornou popular na internet para descrever um estado mental associado ao consumo excessivo de conteúdo digital de baixa qualidade ou irrelevante. 

Mais: traduzida literalmente como "podridão cerebral", a expressão sugere uma deterioração cognitiva ou um embotamento mental causado por esse tipo de consumo.

Devidamente apresentados, espero algum herói questionar se não atravessamos um momento desses. A epidemia do “brain rot” está por aí se expandindo, sendo todos nós, em maior ou menor grau, mais cedo ou mais tarde, contaminados por ela. 

Para ser paciente - e já na enfermaria descobrir que a contraiu - não custa muito. Basta se esbaldar no consumo de “conteúdos superficiais” (vídeos curtos, memes, notícias falsas), estar à “toa na vida” praticando o “doom scrolling” (hábito de rolar infinitamente pelas redes sociais, consumindo notícias negativas e alarmantes) e, finalmente, “excedendo tempo dedicados ao online”.

A expressão se classifica inicialmente apenas como uma tendencia de comportamento, não dispondo uma constatação científica que dê margem a um diagnóstico médico. Como nos conta Mr.Google, trata-se de um “termo informal utilizado para descrever uma experiência subjetiva relacionada ao uso excessivo de tecnologia”. No entanto, afirma-se, os sintomas associados ao "brain rot" podem ter um impacto negativo na saúde mental e no bem-estar geral.  

Entre os principais sintomas da “enfermidade”, destacam-se a dificuldade de concentração e a redução da capacidade de análise. Além disso, aumento da ansiedade, depressão e isolamento social. 

Rendeu matéria de televisão hoje, 14/01/25, a repercussão negativa entre as “celebrities” de todas as periferias a ameaça de desativação dos filtros estéticos das redes sociais. Tanta polvorosa que uma especialista em saúde mental foi convocada para analisar o impacto. Até porque se trata disso mesmo: um fenômeno derivado do uso exagerado e doentio das redes sociais. 

Uma distorção que motiva problemas cognitivos e emocionais. A necessidade urgente de participar, de se embelezar, eliminar pequenos defeitos, consumir o desnecessário, fingir posses, sugerir intimidade com famosos, adotar posicionamentos equivocados sem reflexão e etc, são comportamentos sintomáticos da “brain rot”. É um “mal do século”? Uma sequela forjada pela tecnologia? Um dano colateral?, sabe-se lá. O certo é que anos a frente, vamos viver com a incidência dessa “mania”. Resta medir os custos sociais disso tudo.

 

por Edson de França 

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THIAGO COSTA DA SILVAHá 2 semanas CABEDELOPerfeito. Daí se observa o nanismo de alguns jornalistas ao se renderem as tentações como essa. Infelizmente autores como o senhor mestre, são achados raros.
Dira Vieira Há 2 semanas João Pessoa PBÉ bem por aí. Que a gente saiba do antídoto, da prevenção para sobreviver a essa brain rot. Abraços
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