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As primeiras do ano

Em qualquer caso, no centro das acontecências, sempre estará o homem, suas idiossincrasias, suas “orelhas de asno”, sua prepotência, seus descuidos, imprudências e coisas e tal.

06/01/2025 às 14h34 Atualizada em 06/01/2025 às 14h35
Por: Nailson Júnior Fonte: por Edson de França
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As primeiras do ano
Consigo escrever um texto de final de ano sob a ótica das expectativas. O que pode render continuidades exitosas e aquilo que pode redundar em maçantes e incômodas extensões tóxicas. Em qualquer caso, no centro das acontecências, sempre estará o homem, suas idiossincrasias, suas “orelhas de asno”, sua prepotência, seus descuidos, imprudências e coisas e tal. 
O primeiro dos dias do novo ano, chamado de Confraternização Universal ou Mundial da Paz, é dia de ressaca. Em alguns casos de prolongamento do porre. O dia anterior, entre preparativos e expectativas para a hora da passagem, é um momento de alegria “regada etilicamente” às fartas. Nessas horas, infelizmente, é comum as ocorrências de trânsito. 
As motocicletas, veículos imprescindíveis aos deslocamentos das faixas C’s, D’s e E’s da população, que ano utilizam como hobby ou lazer, abriram, como em outros anos, o fatídico calendário de sinistros. Jovens, com a ousadia que lhes é de direito, costumam ser os principais atores dessa tragédia nacional. Se alguém chega a pensar realmente neste país e na preservação da vida, eis aí uma pauta importante para ser repercutida e figurar ao lado das políticas públicas de base.
Quem pensa em militar na política por causas ridículas como a pauta de costumes, a sexualidade alheia ou a defesa dos ícones maléficos da ditadura, caso os dois neurônios funcionassem e fossem realmente patriotas, abraçariam questões de base como essa. Garanto que, mesmo andando a direita do espectro, granjeariam apoios bem mais sólidos e menos dementes.  
Mas, falando nisso, também começamos o ano sob o signo das “polaridades” improdutivas e da agressividade sem noção. Começamos esse texto pondo o homem e sua idiotia congênita no centro dos acontecimentos e a primeira notícia que lemos neste Dia Mundial da Paz nos diz algo sobre isso. A notícia dava conta da investigação aberta pela Corregedoria da Polícia Cívil de São Paulo sobre o caso da agressão de um policial civil contra a jornalista Natuza Nery. 
Enfim, mais um caso de cidadão “irado” com a situação do país e agente de Estado equivocado que resolve “protestar” com ameaças físicas. Afora a cega paixão política, o infeliz cidadão ainda ostenta a condição de agente de Estado, daqueles crentes de que uma ditadura os poriam em posição privilegiada no cenário nacional. 
Sei que dificilmente irá rolar uma punição severa para o biltre. No máximo, uma suspensão temporária de suas atividades, até que a poeira baixe e ele possa voltar a exercer sua prepotência nas filas de supermercado. Se o indivíduo ameaça um profissional de imprensa, numa abordagem troglodita em que pergunta pelo nome, peita, culpa-a pela “situação” do país e resolve afirmar que pessoas assim como ela deveriam ser aniquiladas, imagine o que faz, no exercício de seu dever, com um cidadão “comum”, 
Em princípio não identifico pistas de sanidade psicológica para o exercício da atividade que ele escolher para exercer. No mínimo, este nobre cidadão se escudou e utilizou o “poder” do cargo que ocupa para entramelar suas ameaças à profissional em questão. Sente-se empoderado. Para mim, ele representa perigo para a força que representa e a população para qual trabalha. Não vou dizer que é um mal elemento, apenas um fruto podre, carcomido e sem noção.  
Agressões gratuitas a profissionais de imprensa, desferidas por Agentes de Estado imbuídos de poderes e armas, são caso de se pensar que instituições e cidadãos com distintivo andamos produzindo - e empoderando - por aí. E olhe que todos eles são submetidos aos testes de sanidade mental. Talvez esteja faltando o exame anti-fanatismo, moral, ético, de civilidade e outros tantinhos. 
 
por Edson de França 
 
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