Nesta terça-feira (10), o vereador Coronel Sobreira (MDB) expressou preocupação quanto à decisão
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de trancar processo penal contra réu acusado de tráfico de
drogas. A compreensão do STJ foi de ilegalidade na busca pessoal ou veicular, não havendo
mandado judicial para tal ou suspeita fundada para a abordagem. “A polícia militar precisa ser
proativa para que o fato delituoso não aconteça. Eu diria que é meio que uma obrigação do policial
abordar pessoas em atitude suspeita na rua”, comentou o vereador Coronel Sobreira.
“Nós vivemos em um país onde os índices criminais são elevados, não só nos homicídios, mas
também nos crimes patrimoniais. Cada vez mais, a gente percebe e escuta, não só do cidadão, mas
da imprensa, das autoridades constituídas, a cobrança do trabalho que as polícias devem executar
com o fito de diminuir os índices criminais. Então, as polícias são extremamente cobradas todos os
dias”, lembrou o parlamentar. “Por um lado, há uma cobrança para que os órgãos de segurança ou
as polícias exerçam seu papel para coibir o crime. Por outro lado, há uma decisão dessas que vai
criar precedentes em todo o Brasil, e não vai ser diferente na Paraíba, para que as abordagens sejam,
em tese, ‘evitadas’, dizendo que para se abordar precisa ter uma fundada suspeita”, acrescentou.
“Mesmo numa abordagem em que foram apreendidas drogas ilícitas, mesmo assim, isso não
convalida a abordagem porque, em tese, segundo diz o Ministro, a abordagem não foi correta.
Então, onde nós iremos parar?”, questionou Sobreira.
O Coronel acredita que as abordagens dos policiais combatem preventivamente crimes e que se não
forem mais feitas, poderá haver mais problemas. “O policial está ficando cada vez mais tolhido de
exercer sua atividade. E isso não se concebe. Os números são altos do crime. Nós tivemos, por
exemplo, aqui em João Pessoa, em 2021, 2.807 armas apreendidas. Como é que essas armas foram
apreendidas, se não foi com a abordagem da polícia?”, ressaltou.
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