Uma semana proveitosa e de vários aprendizados. Esse é o resultado das primeiras aulas que foram ministradas para uma turma pioneira na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), formada por seis migrantes venezuelanos que estão sendo alfabetizados pela Prefeitura de Campina Grande, por meio das Secretarias Municipais de Assistência Social (Semas), e da Educação (Seduc), na Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Emídio Viana Correia, no bairro do Jeremias.
As aulas que serão realizadas no período de seis meses, inicialmente com ênfase no letramento e após esse período, no ensino regular do EJA, ocorrerão sempre às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, com três horas de duração, das 17h30 às 20h30. Nesta primeira semana, em virtude da morte de um parente dos waraos, que ocorreu na terça, 08, a aula foi suspensa. Nos demais dias, elas ocorreram normalmente.
A turma é formada por (3 idosos, 2 adultos e 1 adolescente) da etnia warao. Aos poucos, os alunos estão se familiarizando, gostando das descobertas, principalmente de escrever no caderno e no quadro o próprio nome, sob a supervisão da professora. Um deles, é Valdelado Perez, conhecido na comunidade como Faru, “aprendi a escrever devagarinho o meu próprio nome. Gosto das aulas, da professora, quero muito aprender a ler e escrever”, contou entusiasmado, o venezuelano.
“Uma semana desafiadora, afinal estamos em ritmo de adaptação, mas muito proveitosa. Estamos trabalhando dinâmica do conhecimento, vogais e ainda noções de higiene. Fizemos um passeio na Escola para conhecerem todos os ambientes e como funciona e pude ver a alegria nos olhos de cada um, o que nos deixou ainda mais motivados”, destacou a professora Kalina Pereira, que leciona na Escola há 20 anos.
De acordo com Thaís Lima, coordenadora do Espaço Humanitário, o ingresso na Escola sempre foi um desejo deles. “Percebemos que ficaram felizes e empolgados com os primeiros aprendizados. Com o tempo, acredito que irão se adaptar ainda mais. Estamos orientando e incentivando o grupo nesse propósito e tenho certeza que iremos colher bons frutos”, disse a coordenadora.
Os venezuelanos estão em Campina Grande desde dezembro de 2019. Atualmente, oito deles estão acolhidos no Espaço Humanitário do Migrante Venezuelano, que funciona no bairro do Jeremias.
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